domingo, 15 de agosto de 2010

DA FILOSOFIA

       A morte de Deus metaforiza o fato de os homens não mais serem capazes de crer numa ordenação cósmica transcendente, o que os levaria a uma rejeição dos valores absolutos, propondo dessa forma reformular os fundamentos dos valores humanos em bases, mais profundas do que as crenças religiosas.
       Ao substituir a teologia pela ciência, o sonho teológico pelo sonho antropológico, o ponto de vista de Deus pelo ponto de vista do homem, provoca-se uma ruptura com os valores absolutos, com as essências, com o fundamento divino. O rompimento da corrente que liga a terra ao céu.
       Questiona-se se é possível que haja valores universalmente válidos e uma vida significativa em um mundo sem Deus. Ao final, Nietzsche encontra no homem a fonte de seus próprios valores. ( DEUS ESTÁ MORTO, Nietzsche ) 


              “O mundo é minha representação”. Esta é uma verdade que vale em relação a cada ser que vive e conhece, embora apenas o homem possa trazê-la à consciência refletida e abstrata. E de fato o faz. Torna-se-lhe claro e certo que não conhece sol algum e terra alguma, mas sempre apenas um olho que vê um sol, uma mão que toca uma terra. Que o mundo a cercá-lo existe apenas como representação.
       Verdade alguma é, portanto, mais certa, mais independente de todas as outras e menos necessitada de uma prova do que esta: o que existe para o conhecimento, portanto o mundo inteiro, é tão somente objeto em relação ao sujeito, intuição de quem intui, numa palavra, representação. O mundo é vontade, e vontade se faz representação. ( O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO, Schopenhauer ) 

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